segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Vínculo Materno na hospitalização infantil

     Você já foi internado(a) ou teve alguém muito próximo sendo hospitalizado? Conheço de perto várias facetas dessa situação. Já estive internada, já fui acompanhante e também já acompanhei acompanhantes e crianças em internação. Posso dizer que é um momento delicado, independente da gravidade da doença (que às vezes nem se sabe qual é).

   O hospital é um ambiente diferente tanto para a criança quanto para sua família. Ocorre um afastamento da vida que a criança está acostumada, além de ser um lugar aparentemente ameaçador (agulhas, curativos, exames dolorosos, sangue, etc.). É comum que as crianças regridam, parecendo mais manhosas, infantis ou irritadas, porque estão precisando de uma atenção especial. Uma forma de tornar a internação menos desagradável é dar segurança à criança com a presença dos familiares e principalmente da mãe.
     O vínculo materno é a relação que é construída entre a mãe e o filho. As mulheres não nascem sabendo como ser mães, mas elas aprendem também na relação desenvolvida com seus próprios filhos. Manter-se próxima do filho é muito importante para formar e reforçar o vínculo afetivo, que requer tempo, amor e compreensão. É importante lembrar que os pais também podem estabelecer vínculos afetivos com seus filhos, e a medida do possível participar dos cuidados com a criança e oferecer suporte para que a mãe assuma os cuidados quando for preciso. Por isso pais experimentem:

“A mãe é capaz de atender às necessidades da criança se ela se sente amada em sua relação com o pai da criança e com a própria família” 
(Winnicott, 1999).


(para ampliar é só clicar na figura) Dicas:

Referências:
PINTO, Júlia Peres. BARBOSA, Vera Lúcia. Vínculo materno-infantil e participação da mãe durante a realização da punção venosa: a ótica da psicanálise. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2007, vol.15, n.1, p. 150-155
Portal Nacional de Saúde – Unimed do Brasil.
Winnicott, D. W. (1999) Os bebês e suas mães. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes

Agradeço à Rita de Cássia do N. Bastos na parceria de rondas hospitalares e nas experiências riquíssima que vivemos para a elaboração desse material.

Letícia Vitorio

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